Portal Correio do Norte

Cuidado. Têm pais quebrando as escolas dos filhos. *Pádua Marques.

Tivesse eu dinheiro pra rasgar no meio da rua, no miolo do mercado da Caramuru, no lado da Banca do Louro, de frente ao Armazém Paraíba era uma atividade que jamais investiria em Parnaíba, abrir escola pra competir com as escolas públicas. Porque desde quando o sujeito abre uma escola de primeiro ou de segundo grau, ele já se prepare pra ter dor de cabeça, aporrinhação, raiva e correr o risco de ter um infarto ou um acidente vascular cerebral.

Não queira saber o que donos de escolas particulares estão passando em Parnaíba em todo final de ano para dar cumprimento às obrigações trabalhistas de professores e funcionários da administração escolar porque tem muitos, não são poucos não, pais ou responsáveis que passam o ano inteiro planejando dar um calote na escola do filho, do sobrinho, do afilhado, do enteado e outros laços de parentesco.

Eu acho uma tremenda falta de respeito e responsabilidade, só isso para não descer o nível, esses pais que vivem ostentando riqueza, com carros do ano, telefone celular de última geração, jantares nos melhores restaurantes na avenida São Sebastião ou às margens do Igaraçu, viagens pra Foz do Iguaçu, Carnaval na Bahia, compras em Fortaleza, tênis e roupas de marca, viagem pra Disney nos Estados Unidos e fora outras extravagâncias, mas se esquecendo de pagar em dia o mensalidade da escola do filho.

Em Parnaíba é assim, tem muita gente vivendo na ostentação às custas do trabalho dos outros. Não paga suas dívidas, vai empurrando com a barriga, se fingindo de morto, de desempregado, se fazendo de esquecido, pra ir levando os outros no bico.

Essa de ficar devendo a mensalidade do filho ou do parente é corriqueira. Ninguém venha me dizer nessa altura de dezembro de 2023 que, sendo dono de escola do fundamental ou do ensino médio em Parnaíba, está com as obrigações de pagar décimo terceiro, férias e outras obrigações amparadas em lei, em dia. Que está com a cabeça fria, sem ter dor de cabeça. Se tiver, é coisa de poucos, pouquíssimos, raros, feito uma poça de água barrenta no caminho do Labino.

Tem escola de ensino fundamental e de ensino médio às vésperas de fechar suas portas. Algumas já deram o último suspiro e estão estrebuchando. Questão de poucos minutos.  Porque a estratégia de muitos pais que são acostumados a “esquecer” de pagar as mensalidades da escola do filho, é pra que no final do ano, cubra a escola de de defeitos, reclame das exigências do direção, enxovalhe, difame, critique as práticas pedagógicas, pra depois ir saindo de fininho, dando o calote astronômico e depois ainda se achar no direito de ir no PROCON, buscar amparo na rua Pires Ferreira.

Aí no ano que vem retira o filho ou o parente daquela escola onde ficou devendo oito, dez ou mais meses e vai procurar apoio na escola que está no seu entendimento, dando mais retornos. É uma tremenda falta de vergonha quem assim procede. Deve, não paga, não reconhece a dívida e ainda sai falando mal da escola do filho ou dos filhos e vai procurar guarida no Código de Defesa do Consumidor. Se alguém se sentir ofendido com tudo o que falei, é porque está devendo e colocou a carapuça no meio da cabeça. * Pádua Marques é jornalista. As fotos são ilustrativas. 

 

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